segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Poema de Clarice Lispector

Tecnologias na Minha Escola

“Quem sou como professor e aprendiz”

Sou uma professora que desperta a curiosidade dos alunos, a partir do momento em que preparo minhas aulas utilizando novos sistemas que venham a representar o pensamento deles e o meu. Com isso desenvolvo com eles uma prática de ensino construtiva, repleta de interação e aprendizados recíproco, logo amplio minha visão sobre a forma como ensinar e sinto-me confortável quando percebo que meus alunos tem a liberdade de expressar-se pedindo inovações ou me ajudam a melhorar meu método de ensino.

Ao educar, tornamos visíveis nossos valores, atitudes, idéias, emoções. O delicado equilíbrio e a síntese que fazemos no dia a dia transparece nas diversas situações pedagógicas em que nos envolvemos. Os alunos e colegas percebem como somos, como reagimos diante das diferenças de opiniões, dos conflitos de valores. O que expressamos em cada momento como pessoas é tão importante quanto o conteúdo explícito das nossas aulas. A postura diante do mundo e dos outros é importante como facilitadora ou complicadora dos relacionamentos que se estabelecem com os que querem aprender conosco. Se gostamos de aprender, facilitamos o desejo de que os outros aprendam. Se mostramos uma visão confiante e equilibrada da vida, facilitamos nos outros a forma de lidar com seus problemas, mostramos que é possível avançar no meio das dificuldades.

Alguns educadores confundem visão crítica com pessimismo estrutural; eles só transmitem aos alunos visões negativistas e desanimadoras da realidade. Se me vejo como aprendiz, antes do que professor, me coloco numa atitude mais atenta, receptiva, e tenho mais facilidade em estar no lugar do aluno, de aproximar-me a como ele vê, a modificar meus pontos de vista.